Até mesmo no universo das startups, a confiança nas pessoas envolvidas será, muitas vezes, condição sine qua non para o acerto
Quando falamos de negócios, independentemente do nível em que eles estejam, estamos necessariamente falando de pessoas. Isso porque os negócios serão sempre estabelecidos entre pessoas e a premissa das relações e conversões é e será sempre a confiança. Seja para contratar um profissional, ganhar uma negociação, estabelecer uma parceria ou uma sociedade. Até mesmo no universo das startups, por mais sedutor que seja para um investidor um projeto ou produto, a confiança nas pessoas envolvidas será, muitas vezes, condição sine qua non para o acerto.
Eu faço essa introdução para falar sobre a relação entre a marca pessoal e a confiança. A congruência e o alinhamento em todo o ponto de contato é que fazem com que uma mensagem clara seja estabelecida, com que um líder mostre aos seus liderados, através de sua presença executiva, que podem confiar em seus direcionamentos. É preciso considerar que um líder de negócio, seja um empreendedor ou um empresário, com uma marca pessoal forte estabelecida, com presença executiva, não comunica e se estabelece apenas mediante seu time, mas também diante de seus clientes e concorrentes.
O Barômetro de Confiança Edelman 2021, estudo realizado anualmente pela agência global líder em Relações Públicas Edelman, revela uma epidemia de desinformação e desconfiança generalizada de instituições sociais e líderes em todo o mundo. Os líderes sociais rastreados no estudo – líderes governamentais, CEOs, jornalistas e até líderes religiosos – sofreram queda nas pontuações de confiança para todos. Apesar, disso, o Barômetro da Edelman aponta um vislumbre de esperança nos negócios. O estudo deste ano mostra que as empresas não são apenas a instituição mais confiável entre as quatro estudadas, mas também a única instituição com um nível de confiança de 61% em todo o mundo, e também a única vista como ética e competente.
Diante deste cenário em que as expectativas de liderança das empresas aumentaram, como a reputação dos líderes pode abrir ou fechar portas, conquistando – ou perdendo – a confiança das pessoas e garantindo que informações confiáveis cheguem a seus funcionários e, por extensão, à comunidade?
A reputação não trata do que você diz a seu respeito, mas o que os outros dizem sobre você. Uma imagem pode ser construída e muitas vezes desalinhada com a identidade, o que acaba se tornando um grande problema com o passar do tempo, desde questões psicológicas, de relacionamento, até mercadológicas. Porém, uma imagem alinhada à identidade e uma reputação sólida abrem portas e criam oportunidades.
Uma reputação sólida é construída por meio da congruência, que reflete na confiança, fator que está no centro de atenção de qualquer marca, seja ela pessoal ou corporativa. Sobretudo neste mundo hiperconectado, aonde alguns cliques nos permitem um ‘pente fino’ na web sabendo tudo sobre alguém, a reputação e a confiança são os ativos intangíveis mais valiosos para uma empresa e também para um profissional.
Para manter uma reputação que gere confiança, é necessário fazer uma gestão efetiva, considerando clareza, coerência e constância; firmar seu posicionamento no mercado; trabalhar os diferenciais competitivos; constantemente estudar o mercado (players, persona/cliente-ideal) e concorrentes. Porém, é importante lembrar que estas questões não podem ser desenvolvidas no “feeling”. Dentro de um processo de Personal Branding há ferramentas que apoiam em todas as etapas, desde a descoberta da marca pessoal, até a gestão e os indicadores.
Fonte: www.mundodomarketing.com.br