O que podemos aprender com Tony Robbins sobre Personal Branding em [18 passos]

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Certamente você já ouviu falar em Tony Robbins.

Desde que seu filme entrou para o acervo do Netflix, bombou nas mídias sociais no Brasil, quem ainda não o conhecia, certamente passará a conhecê-lo e certamente este era um de seus objetivos com a produção.

Entre admiradores e críticos de seu trabalho [como todos somos passíveis quando expostos – seja em maior ou menor escala], o vídeo faz a cobertura de seu evento anual nos EUA que reúne cerca de 2.500 pessoas de várias partes do mundo, chamado “Date with Destiny”, ou seja, “Encontro com o Destino”.

Mas não quero aqui nem elogiar nem criticar, mas sim, chamar a atenção para a abordagem que Tony faz logo no início do filme:

Eu criei esta P#$%* do Tony Robbins” diz ele.

Sim meus caros, ele está se referindo à sua Marca Pessoal e mais adiante sua esposa é questionada e fala: “Me perguntam como ele é nos bastidores, no dia a dia” então logo afirma: “A mesma pessoa que se expõe no palco, um apaixonado por pessoas e obsessivo “como ele mesmo diz” em fazer com que as pessoas resolvam suas questões emocionais e se libertem em busca do seu melhor”.

Sendo ou não verdade (pois não o conheço pessoalmente, muito menos sua vida pessoal) e nem estou aqui para emitir juízo de valor, faço aqui uma análise introdutória sobre o Personal Branding na vida de Tony.

Primeiro – Anthony Robbins em números:

– 56 anos de idade, 2 metros de altura e cerca de 120 quilos

– Mais de 38 anos de carreira

– Já falou para mais de 50 milhões de pessoas em 100 países

– Milhões de livros vendidos pelo mundo inteiro

– É presidente de uma holding composta por mais de uma dúzia de empresas de capital fechado com vendas combinadas superiores a US $ 5 bilhões por ano.

– Homenageado pela Accenture como um dos “Top 50 Intelectuais de negócios do mundo” e pela Harvard Business Press como um dos “Top 200 Business Gurus”.

– Filantropia: Alimenta 4 milhões de pessoas por ano em 56 países com programas também em escolas, prisões e ong´s.

(Dados fonte: Site Tony Robbins)

Agora quero compartilhar com você algumas lições que você pode aprender com Tony sobre Gestão de Marcas Pessoais:

1- Paixão é o combustível que move a máquina toda, vem de dentro. Você pode fazer como ele, também chamar de “obsessão”, isso fará não que apenas você tenha iniciativa, mas que prossiga e persista a cada desafio. Tenha uma causa e comunique isso às pessoas e lute por ela. Primeiro acredite em você, para então os demais também poderem acreditar.

2- Autoconhecimento [e principalmente o que você faz com ele] são fatores chave de sucesso para sua vida e carreira;

3- É necessário alinhamento entre discurso e prática – para fortalecer sua marca pessoal – precisa gerar e ser alguém de confiança. Se não transmitisse isso, não faria com que tanta gente investisse quase 5 mil dólares para participar de seu programa, e muitos retornam anualmente, inclusive tem membros de sua equipe que estão há quase 10 anos ou mais, juntos com ele na jornada, ou seja, ser autêntico é a melhor forma de fidelizar as pessoas ao seu redor. Teve uma mulher (inclusive brasileira) que diz que ‘vendeu tudo que tinha para estar lá’, claro – quanto maior a dor, maior o sacrifício, então, podemos sim, chamar isso de – depositar a confiança nele e no trabalho dele.

4- É necessário também alinhamento entre identidade e imagem – o fato de Tony mostrar seus bastidores, sua rotina, sua casa é para fazer com que as pessoas se conectem com sua pessoa, antes de se conectar com seu profissional. Tudo roteirizado e pensado estrategicamente, claro.

5- Propósito é o que justifica o começo, meio e fim. Tem muito “guru digital” falando em propósito de ‘transformar pessoas’, mas no fim das contas se trata apenas de faturamento financeiro e ter a própria vida transformada. Bill Gates fez diferente, capitalizou seu conhecimento e com suas riquezas provenientes dele investe pesado em filantropia, um caminho também percorrido por Tony.

6- Crie um sistema que você não seja escravo dele, mas que ele trabalhe para você, não ludibrie as pessoas [há muitos no mercado motivacional que exploram a inocência e fraqueza alheia com discurso de autoajuda], não há nada errado em precificar suas habilidades e competências, porém faça-os respeitando seus valores, missão e propósito.

Use o dinheiro que ganhou com seu intelectual e esforços honestamente também para ajudar o próximo e o mundo à sua volta, seja qual fora sua causa, o mundo precisa de ajuda. Mas não use deste apelo emocional para convencer as pessoas a darem dinheiro para você, isso definitivamente pode pôr sua reputação em cheque, pode até funcionar por um tempo, mas considere uma  perspectiva de carreira, de legado e então se pergunte se vale apena.

7- Uma grande jornada começa com pequenos passos, ele era simplesmente um menino chamado Anthony, seu personagem “Tony Robbins” é fruto de sua vida e experiências (boas e ruins) e de estratégia, claro. Inclusive ele deixa isso bem claro no vídeo e que também não faz nada sozinho, no nível em que está seu negócio, é óbvio que tem uma equipe POWER para ajudá-lo na gestão de sua marca pessoal, ou seja, mais uma lição:

8- Você não vai a lugar algum sozinho, caminhe com pessoas excelentes e juntos prossigam para a excelência, porém, a visão precisa ser compartilhada, ninguém caminha o mesmo caminho se não houver alinhamento.

9 – Você não vai se tornar guru da noite para o dia – “NÃO EXISTE AUTORIDADE INSTANTÂNEA”, caso seja este seu objetivo de vida, sinto em lhe dizer, o máximo que pode existir é “Visibilidade Instantânea”, ou seja, coloque R$ 50 mil reais ou mais na internet, invista em FB Ads, Remarketing, Google Adwords, Assessoria de Imprensa, Mailling list, participe de alguns eventos, invista em tráfego, tire algumas ‘fotinhos’ com profissionais renomados, dê palestras e pronto, sua visibilidade instantânea está criada, mas isso não quer dizer nada, pode ser só fumaça se não vier sustentada de uma marca forte e o tempo sempre responde a isso.

Por isso, também não acredito que profissionais possam se intitular especialistas, por exemplo, em programas de Personal Branding de 2,3 dias, não acredito em analistas comportamentais formados em 1 fim de semana, assim como, Coaches, Consultores etc entre outros..

Você precisa de estudo, muito estudo e práticas, muitas práticas, muitos erros e acertos para começar a pensar em próximos degraus, para se intitular especialista, porém o papel aceita tudo. Muito cuidado com os rótulos de profissionais no mercado, headline de Linkedin está cheio de ‘pavão’, mas na hora da ação, a conversa é bem diferente, sua marca pessoal está em jogo.

10- Aprenda sobre Storytelling hoje mesmo, pode ser a diferença entre engajar ou não seu público com seu discurso e proposta. Toda marca conta uma história e quando verdadeira a mesma perpetua por anos e influencia multidões. Quem não gostava de ouvir os avós contando boas histórias quando criança? E quem sabe você ainda as lembra, este é o poder das narrativas, aprenda a usar isso em favor de sua marca pessoal. A performance de Tony é cheia de histórias e conexões emocionais.

11- Você pode e deve capitalizar seus talentos e conhecimentos e junto a isso ajudar muitas pessoas, porém como dito acima, não use seu ‘discurso de transformação’ para tirar dinheiro das pessoas. Deixe claro os benefícios e promessa de transformação de seu trabalho e deixe claro quem você é e propósito no mundo, não inverta as coisas.

12- À medida que se expõe você será criticado – prepare-se, muitos amam Tony e outros tantos o acham um estelionatário, porém a forma como lidamos com as críticas também diz a respeito de nossa  inteligência emocional. Tenha seu próprio plano pessoal de gestão de crises e gerencie sua reputação digital.

Fato que o trabalho dele em nada é impactado pelos críticos de plantão, segue firme em sua visão e propósito, enquanto muitos de seus críticos não conseguem 1% de seu resultado [olhando apenas seus números]. Também há coisas nas práticas de Tony que não corroboro, mas isso é um problema meu e não dele entendem?].

13- É o seu “Por que” (Why) que conecta e não seu “Como” se duvida, te convido a conhecer a teoria do ‘Golden Circle’ do Simon Sinek, um dos TEDs mais assistidos e você entenderá – Assista Aqui.

14- Você pode fazer muito mais do que imagina, assim que quebrar suas crenças limitantes e também estudar, se preparar e ter disciplina: Você não vai chegar lá apenas com um monte de gente dizendo que você é o máximo, que vai conseguir e bla bla blá.. você vai precisar ralar se quiser ser um escritor, palestrante, consultor, professor, diretor, investidor seja lá o que for, mas sim, você pode ir além, basta descobrir o que te trava, aprender a romper e/ou lidar com isso, traçar um plano de ação, colocar combustível na máquina e acelerar com foco e determinação, você é seu maior concorrente – não se esqueça disso.

Em um processo de marca pessoal, descobrir suas fraquezas não quer dizer que terá que transformá-las em fortalezas, porém elas podem ser sua mola propulsora, como foi para Tony, sua rejeição e dores o fizeram ser quem é hoje, e você, o que o impulsiona e o que o paralisa?

15- Você precisa primeiro investir, para depois colher e invista muito, invista em você, invista em networking, em livros, em cursos, em desenvolvimento pessoal, em idiomas, em formações no exterior, em desenvolver suas habilidades e competências, invista naquilo que você precisa para entregar aquilo que você deseja, o contrário nunca acontecerá. Marca pessoal é da essência à aparência, qualquer inversão é mero marketing pessoal. Invista em ser primeiro depois propague para seu público-alvo.

16- Você pode levar anos até obter a visibilidade e reconhecimento que deseja, pode ter certeza que Tony Robbins não reuniu 2500 pessoas no início de sua carreiranão se apresse, velocidade não adianta de nada sem ter direção. No marketing aprendemos que o primeiro, ocupa um lugar de posicionamento de mercado que não se tira, mas sempre frizo, por ser o primeiro não significa que será o único, ou o melhor, ou o que vai mais longe…

Muitas startups, por exemplo, abrem e na mesma velocidade que abrem – fecham, muitas marcas pessoais se posicionam na internet, algumas se destacam e logo depois desaparecem, consistência é a palavra-chave. Muitas vezes nos bastidores você dá seu melhor espetáculo, melhor que muitos diante de holofotes e que dependem dos aplausos para caminhar – pense nisso.                    

Sua Marca Pessoal – Seu maior Ativo.

17- Personal Branding trata-se de gerar valor, gere valor para sua marca pessoal e ela vai emprestar reputação para seus negócios e isso o impulsionará.

18- Tenha rituais. Personal Branding é gestão, é constância. De nada adianta inciativas isoladas, de nada adianta ações sem ter claro seus objetivos para empregar foco. Os 3 C´s da Marca Pessoal > clareza, consistência e constância – Marca aí!

Por fim, gosto e compartilho do conceito de William Arruda que diz que uma Marca Pessoal não se constrói, se desenterra, ou seja, não funciona se não associada à sua essência, e isso se trata de olhar primeiro para dentro, depois no segundo nível conectamos com o externo, na esfera da imagem, estão a imagem Tony Robbins precisa estar diretamente associada à Marca Anthony Robbins que viveu todas as histórias, aprendizados, erros até ele perceber o que o Tony poderia fazer e entregar de valor.

É isso, não podia deixar de passar estes insights sob a perspectiva do Personal Branding, continue me acompanhando que em breve traremos outra análise para você aqui em nosso blog.

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