Desde o começo do ano, o setor de tecnologia vem demitindo em massa trabalhadores no mundo todo. O número de demissões já corresponde a 64% do total de funcionários dispensados em 2022, de acordo com o relatório do portal de rastreamento demissões em massa, Layoffs.fyi. Foram contabilizadas até o momento 103.767 dispensas.
A Amazon, Meta e Salesforce lideraram a lista de empresas com um maior número de demissões. Ainda há empresas como Microsoft, Google, Tesla, e Nvidia. O Twitter despediu no ano passado 50% dos funcionários.
Num primeiro momento, pode parecer estranho uma onda de demissões neste setor. Antes se previa um aumento no número de contratações. No meio do ano, a Federação das Associações das Empresas de Tecnologia da Informação (Federação Assespro) chegou a enviar um manifesto aos então candidatos à Presidência da República avisando que havia uma demanda extraordinária por profissionais qualificados na área de TI.
A onda de demissões está relacionada à rápida expansão das empresas durante a pandemia de COVID-19. De acordo com a 33ª edição da Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, do Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia), o Brasil antecipou em 1 a 4 anos o processo de Transformação Digital do durante a pandemia.
Profissionais de TI precisam se readequar ao mercado
Hoje, o profissional da tecnologia tem que usar o marketing a seu favor para se reposicionar no mercado, seja ao empreender ou buscar outras alternativas de renda. Uma forma de se fazer isso é utilizar o Personal Branding. “Muitas vezes um profissional tem diversas qualidades que o mercado precisa, mas que não sabe de que forma mostrar.
Eventualmente, ele nem reconhece certas habilidades/qualidades em si próprio”, explica André Streppel, CEO da WK JobHub e profissional que atua na área de RH para Tecnologia há mais de 15 anos. “A marca pessoal é frequentemente associada à necessidade de se reinventar, criar um emprego, mudar algo na profissão”, aponta Daniela Viek, especialista em Personal Branding, com 19 anos de carreira, e tem sólida atuação internacional na área.
Daniela explica que o trabalho de gerenciamento da marca pessoal se chama Personal Branding (PB), metodologia que tem auxiliado profissionais de diversos segmentos pelo mundo a se posicionarem adequadamente (dentro e fora de suas organizações) objetivando mais resultados para suas carreiras e para os negócios das empresas em que trabalham.
“O profissional que passa pelo processo de PB, aprende muito sobre si, enxerga o que ele tem a agregar ao mercado de forma mais estratégica e desenvolve competências para oferecer ao mercado destacando as qualidades que ele possui e seus diferenciais”, explica Streppel. O CEO destaca que com o PB, o profissional tem maior capacidade de trazer para a empresa seus conhecimentos e habilidades que podem agregar muito valor ao negócio. “O PB gera mais visibilidade para o profissional e como aquela máxima diz ‘quem não é visto, não é lembrado’. Então as possibilidades aumentam muito para quem dá atenção à sua marca pessoal”.
Na análise da Daniela, enquanto não conseguirem realocação no mercado, esses profissionais podem atuar como freelancers ou mesmo começar a empreender (muitas vezes o ambiente digital pode ser um grande ponto de partida). “De acordo com a NASDAQ, até 2030, 43% da força de trabalho será freelancer”, aponta “O indivíduo repensar a si mesmo e como se colocar nesse contexto sem precedentes”.
Daniela ainda complementa que o Personal Branding é uma competência que todo e qualquer profissional precisa desenvolver e terá vantagens para toda a sua vida profissional, não apenas em momentos de sua carreira. Por exemplo, quando está procurando um emprego, quando deseja ser promovido, abriu o seu negócio ou está realizando uma transição de carreira, ou mesmo, de cultura, buscando oportunidades em outros países.
Fonte: https://tiinside.com.br/