Empresas apostam em Personal Branding para driblar novos Desafios na Gestão de Pessoas

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As transformações na tecnologia e na comunicação em escala globalizada têm provocado não somente alterações nos hábitos de consumo das pessoas, mas também na maneira com que elas se relacionam com a organização em que trabalham.

Não à toa, durante recente entrevista da WGSN (uma das maiores autoridades em previsão de tendências do mundo) à Endeavor (organização global de incentivo ao empreendedorismo), o CMO da empresa, Paul Coxhill, afirmou categoricamente que o futuro dos negócios está nas mãos dos colaboradores. Pesquisa da Endeavor que mapeia os desafios dos empreendedores, inclusive, chegou à conclusão de que a gestão de pessoas é o que mais dói nas empresas, tendo elas que estar cada vez mais flexíveis e preparadas para o diferente.

Mediante o novo contexto, muitas empresas têm apostado no personal branding: uma ferramenta de gestão da marca pessoal, que ajuda o colaborador a se posicionar dentro e fora da organização, entendendo que todo ponto de contato com a marca importa e alinhando seus atributos também com a cultura empresarial em que está inserido.

“Entender de negócios é entender de pessoas. No caso da gestão de pessoas, o objetivo tem de ser tornar o colaborador um advogado da marca, levando ele para um engajamento genuíno com a empresa, que potencialize o sentimento de pertencimento e faça com que ele seja o protagonista de sua carreira e desta forma traga os melhores resultados para a sua organização”, comenta Daniela Viek, Especialista em Personal Branding que profere palestras, cursos e workshops para empresas de mais de 15 países que queiram implementar a técnica de gestão pessoal em seus ambientes corporativos.

A consultora esclarece que o colaborador é uma marca pessoal, que possui propósito, valores, competências, objetivos e que a falta de alinhamento dessas perspectivas com a organização é a principal causa dos pedidos de desligamento na atualidade. “Tudo que o colaborador faz, positiva ou negativamente, impacta na marca corporativa. Então, o personal branding busca gerir de maneira mais consciente e estratégica os resultados das marcas pessoais”, comenta.

Segundo ela, outra coisa que acredita não ter mais espaço é o fato das empresas terem medo de perder os indivíduos mais importantes para os seus concorrentes. “As organizações não podem mais ter medo de perder seus talentos quando esses se constituem como marcas pessoais fortes, com resultados, visibilidade e influênciua e sim buscar trabalhar em parceria. É inadmissível reprimir o profissional por ter medo de que a concorrência o perceba e o “roube”. O certo é investir nesse profissional”, destaca.

Entretanto, os colaboradores também precisam participar do novo momento das relações de mercado. Uma das velhas práticas que precisa ser abandonada é a de depender exclusivamente do RH para se capacitar/desenvolver ou estabelecer networking apenas nos eventos que a empresa patrocina. “O colaborador precisa entender que a marca pessoal é dele e ele precisa gerar valor continuamente. Independentemente do cargo e da empresa em que está, ele tem de continuar se mantendo atrativo”, pontua a especialista.

Ainda de acordo com Daniela, o fato de não se capacitar ou não se atentar a competências essenciais e de ‘futuro’, como pensamento crítico, resiliência, criatividade, cooperação, negociação e gerenciamento das emoções, faz com que este profissional perca atratividade, sendo, consequentemente, ‘descartado’ em possíveis momentos de reestruturação. Em março deste ano, inclusive, o Fórum Econômico Mundial publicou um relatório em que apresenta as habilidades que vão ganhar destaque no mercado de trabalho, incluindo, além das já citadas anteriormente, a resolução de problemas complexos, gestão de pessoas, coordenação, capacidade de julgamento e tomada de decisões e flexibilidade cognitiva.

“Em processos de reestruturação alguém sempre ‘dança’. Então por isso é fundamental estar sempre antenado às competências do seu nicho e também às competências do futuro, do seu cargo e da empresa. É necessário estar proativamente em desenvolvimento, se relacionar com outros departamentos da empresa, com pessoas de outras organizações e, principalmente, ser consciente de que precisa gerar valor para si, para os outros e para a marca”, recomenda a especialista.

Fonte: www.segs.com.br

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