O Lado [DARK] do Personal Branding e Porque Você Deve Refletir Sobre Ele

Lado dark do Personal Branding

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Algumas verdades sobre o Personal Branding que nem todo mundo tem

CORAGEM DE FALAR.

Você sabia que o Personal Branding possui um lado sombrio que pouquíssimos profissionais tem coragem de enfrentar (e falar sobre)?

Muitos, inclusive, até fingem que esse lado nem existe.

Porém, hoje quero trazer estes pontos, sem filtros, para iniciarmos este diálogo sobre o aspecto que muitas pessoas entendem como nocivo da Gestão de Marca Pessoal. Se prepare porque será uma série de 3 artigos que estou escrevendo.

Confesso, que é um assunto delicado, desde 2004 atuo no universo das marcas e neste mesmo ano tive minha primeira cliente em Personal Branding e como Relações Públicas sempre fui muito orientada à Estratégia e Resultados e o momento que vemos e vivemos hoje é de uma humanização de marcas corporativas e uma profissionalização de marcas pessoais.. aí é que vem também as questões a qual falaremos aqui…

Qual o Lado Sombrio do Personal Branding?

Vamos a alguns tópicos.

#1. Personal Branding Torna as Pessoas Menos Humanas

Um argumento contra o Personal Branding (e que também faz parte desse aspecto sombrio) é o de que ele torna as pessoas menos humanas e mais robotizadas, já que impede a pessoa de se expressar como deseja.

Até já ouvi um profissional me dizer, que pensava que o Personal Branding padronizava as pessoas, quando na verdade a lógica é exatamente ao contrário, enfim…

Vamos refletir sobre a afirmação acima.

Para se desenvolver (e não construir) uma boa marca pessoal é necessário filtrar o que você comunica para outras pessoas. Isso deve acontecer naturalmente à medida que você traz a consciência da gestão de seus recursos pessoais em prol dos seus objetivos.

Afinal, se você quer ser contratado, conseguir um parceiro nos negócios ou mais oportunidades, tem que transmitir as impressões e informações condizentes com o que esperam de você, com clareza para seu público-alvo para então gerar-lhe confiança e credibilidade.

No entanto, diferente do que muitos podem pensar, se feito da maneira certa, isso não te robotiza.

Pelo contrário. Até porque nunca se ouviu tanto falar de ‘autenticidade’ como agora.

Palavra do momento.

Te possibilita explorar melhor a sua capacidade de comunicação, te impedindo de, por exemplo, colocar tudo a perder por ter falado um palavrão na hora errada ou por não ter se vestido corretamente, vestuário é comunicação. Aqui entram também a observância do dresscode e de normas de etiqueta para além de nunca esquecermos da ética evidenciada nas relações.

Tudo depende de um ponto de equilíbrio entre autenticidade e comunicação.

Além do mais, em um mundo que cada pessoa ‘representa’ uma marca própria, para além, de poder representar outras marcas (como da empresa que trabalha ou produto que representa) passar a mensagem correta com a sua é aumentar as chances de ser bem visto e de, com isso, possuir mais oportunidades, sejam quais forem.

#2. Personal Branding é Só Uma Maquiagem para Disfarçar os Problemas do Indivíduo

Essa afirmação, embora pareça ser verdade, é um mito.

Afinal de contas, em um processo sério de Personal Branding não se tenta “mascarar” defeitos.

Longe disso, se tentar desenvolver apenas uma “imagem” para mascarar problemas ou mesmo dissociada de sua identidade, de sua essência. Já vimos empresas fazerem isso e quando ‘estoura’ o problema é maior ainda.

Primeiro, quando falamos em Processo de Personal Branding, há dois momentos:

1– Momento em que o Indivíduo procura ajuda de um especialista para Desenvolver as Estratégias para Posicionamento de sua Marca Pessoal e Desenvolvimento de sua Carreira, este é um momento de partilha de informações, de diagnóstico, de prognóstico, de análises e estruturação de um Plano de Ação com um apoio estratégico e que poderá, se você estiver com o profissional certo ao seu lado, alavancar inúmeros resultados, pois tão certo quanto apertar parafusos é saber qual parafuso apertar, não é mesmo?

2- Segundo Momento são todos os demais momentos aonde você e somente você é o responsável pela Gestão 360º da sua Marca Pessoal, em todos os ambientes e em todos os pontos de contato, pois traz à consciência de seus atos, sua estratégia e a executa naturalmente no dia a dia, pois tudo está clarificado e conectado de fato a quem você é, aos seus objetivos e às melhores práticas. Não se trata de atalhos, mas de construir uma jornada sólida.

Bem, isso significa que a pessoa se torna uma marca pessoal perfeita em um Processo de Personal Branding?

Não.

Significa que os defeitos que podem afetar sua marca pessoal podem ser trabalhados, pois foram clarificados e podem ser corrigidos. E os demais “defeitos” (existentes pelo fato dela ser uma pessoa como todas as outras) continuam existindo.

Também, ninguém se conecta a Super-Homem e Mulher-Maravilha… vulnerabilidade é força!

Pense nisso.

Faz parte do processo de ser um ser-humano.

#3. Personal Branding é Só Para Inflar o Ego, Gerar Likes e Sentir que é Admirado?

Eu entendo que a maioria das pessoas que lê ou escuta sobre Personal Branding tenha a ideia de que o objetivo final é ampliar visibilidade para se ganhar curtidas e seguidores nas redes sociais.

Pois, em um mundo considerado cada vez mais egocêntrico, até faria sentido.

Só que as redes sociais e todo o universo online é apenas parte (e pequena) de um processo muito maior que envolve o Personal Branding.

Likes, visibilidade e seguidores são consequências positivas, claro. Entretanto, o foco da gestão da sua Marca Pessoal não é inflar o seu ego, não se trata de meia dúzia de fotos suas no instagram com frases motivacionais perguntando ao final se “faz sentido para você” pergunta típica do coaching, na esperança de alguém comentar e responder sua pergunta. O objetivo é te fazer ter os resultados corretos na sua vida pessoal e profissional. E isso, dificilmente se consegue de forma anônima. Porém sim, pode ser possível sem presença digital. Depende do seu nicho, atividade, perfil entre tantos outros fatores.

No entanto, Personal Branding vai muito além, pois engloba as mais diversas áreas em um processo realmente trabalhoso, contínuo (porém recompensador no final de tudo).

#4. Personal Branding Não Adianta se Você Não é Capaz de Gerar Resultados

Essa dúvida é bastante comum e, a depender da situação, verdade.

Não adianta passar por um processo inteiro de gestão de marca pessoal, se você, após ter impactado as pessoas com sua marca, não souber gerar resultados ou não souber o que fazer com essa visibilidade.

Afinal, uma marca é uma ponte (promessa).

Só que o que as pessoas (e clientes) vão encontrar depois dessa ponte (promessa) depende do indivíduo e se trata da entrega.

Pessoas não compram produtos ou serviços, compram promessas, produtos e servioes é o que elas vão receber depois.

Então, significa que todo o processo de Personal Branding foi inútil?

Não. Porém definir a estratégia para um lado e caminhar para o outro pode ter invalidado o trabalho junto ao especialista, pois a eficácia de uma estratégia se mede na execução.

Outrossim, vender uma promessa que na prática você não possa garantir a entrega, poderá acarretar um problema para sua Reputação no que tange a credibilidade e subsequentemente a confiança em você.

“O que você faz fala tão alto que não consigo lhe ouvir”. Pense nesta frase.

#5. Personal Branding é Inútil Porque Ninguém se Importa com Você

É comum ver em posts de autoajuda ou em palestras motivacionais a frase: “Ninguém se importa com você” de forma a motivar os leitores e ouvintes a tomarem uma atitude.

Se formos de pensar de forma social, a maioria esmagadora das pessoas se importa mais com elas mesmas do que com os outros.

Só que isso é algo natural, visto que nós vemos a vida através do nosso próprio ponto de vista.

O ponto é que isso não invalida o Personal Branding. Porque o objetivo não é fazer as pessoas se importarem com você.

É fazer com que os pontos de contato da sua marca façam elas te enxergarem como alguém capaz de oferecer valor e ajudá-las na sua área de atuação, ou seja, não se trata de você, mas em como você pode ser útil e ajudá-las.

Em outras palavras, não é fazerem elas se importarem emocionalmente contigo, mas fazer com que elas sejam impactadas pelo que você tem a oferecer, de forma que os dois lado ganhem com isso.

#6. Personal Branding Só Serve Para Conseguir um Emprego (E às Vezes nem Isso)

Outro mito comum é o de que a Gestão da Marca Pessoal só serve para conseguir um emprego.

No entanto, assim como outros mitos já descritos nessa nossa conversa, isso é simplificar e reduzir o Personal Branding para algo que ele não é, meramente oportunista.

Porque, não se trata de conseguir um emprego (embora possa te ajudar nesse aspecto), mas sim de impactar as pessoas que têm contato com a sua marca.

O que isso significa?

Significa que, com uma estratégia bem definida, você consegue resultados nas mais variadas áreas, sempre com uma visão ampla de Carreira e não apenas no próximo passo.

Por exemplo, ao ter uma marca pessoal forte, você:

  • Consegue uma maior visibilidade (sem forçação de barra) na empresa que você trabalha.
  • Passa mais confiança para seus empregadores ou empregados.
  • Contribui para uma imagem correta, seja de autoridade ou de bom profissional.
  • Impacta diretamente o seu nicho de mercado.
  • Encontra parceiros que podem te alavancar na carreira.
  • Faz com que novos clientes te encontrem.
  • Fortalece o vínculo com clientes já conquistados anteriormente.
  • E muitos outros benefícios a depender da sua área de atuação e do resultado final esperado pelo processo de gestão de marca pessoal.

#7. Personal Branding Só Funciona para Gente com Muito DinDin

Personal Branding funciona para todos que querem agregar mais valor para sua Marca Pessoal e Carreira.

Se você não tem condições de investir em um profissional especialista na área, pode pode pedir ajuda de algum principiante ou algum sem formação/certificação específica, há uma diferença na prática dos valores e certamente você irá encontrar profissionais com diversas faixas de valores no mercado.

Talvez um iniciante possa até lhe fazer um processo no modelo pró-bono pois está interessado em portfólio e adquirir experiência.

Há também muito conteúdo disponível na internet, cursos online etc que, em caso de você não ter verba para investir na sua Marca Pessoal, pode utilizar as dicas para aperfeiçoamento enquanto isso.

No entanto, como todo bom investimento, é algo que dará retorno no futuro. Até porque para que os outros invistam em você é importante você primeiro investir, não é mesmo?

Podemos entender o Personal Branding, nesse sentido, como um atalho, como uma forma de se posicionar (da maneira certa) e assim conseguir novas e boas oportunidades.

#8. Personal Branding Só se Trata de Você, Você e Você?

Esse é um mito bastante comum sobre a gestão de marca pessoal, achar que todo esse processo só diz respeito a você. Sendo que é o completo oposto.

Se trata mais das pessoas que você pode impactar e de como elas se identificam com sua marca, do que com você.

Mas claro, as estratégias envolvem você.

Por que?

Porque é a única variável que se pode alterar.

Por exemplo, você não consegue:

  • Mudar a dinâmica de mercado.
  • Mudar as outras pessoas.
  • Mudar as regras já estabelecidas do jogo social.

Mas você consegue:

  • Mudar sua mente.
  • Mudar sua postura.
  • Mudar suas atitudes.
  • Mudar (e melhorar) sua marca pessoal.

É por isso que algumas pessoas podem achar que Personal Branding é inflação de ego, por falarmos muito sobre o indivíduo em particular.

Porém, é impossível mexer nas outras variáveis.

Logo, Personal Branding não se trata apenas de você, mas do que você pode melhorar para impactar os outros positivamente.

#9. Personal Branding é uma Ideia Nociva que Altera a Realidade para te Fazer Parecer Mais Interessante

Essa questão, bem parecida com as outras, é uma das mais preocupantes por estarmos em uma sociedade que reflete cada vez mais sobre o excesso de conteúdo e sobre utilizarmos “filtros do Instagram” na vida real.

E o pior, isso é realmente verdade em boa parte dos casos.

As pessoas “photoshopam” uma versão delas mesmas, expõem isso no Instagram, conseguem admiradores por conta disso e inflam seus egos de maneira surpreendente.

Só que isso não é Personal Branding.

A Gestão da sua Marca Pessoal é antes de tudo um alinhamento de valores entre os seus e os do seu público, o que não envolve alterar a realidade.

Sendo exatamente o contrário.

Personal Branding se trata mais de entender a realidade que você se encontra… e elaborar uma estratégia para trabalhar essa realidade.

#10. Personal Branding é…

A última parte do lado negro do Personal Branding é justamente abordar o que não é Personal Branding.

Sendo bastante clara…

  • Não é gestão de carreira.
  • Não é consultoria de imagem.
  • Não é gestão de mídias sociais.
  • Não é estratégia para ganhar seguidores no Instagram.
  • Não é vender para as pessoas uma versão falsa de você.
  • Não é alteração da realidade para transformar você em herói ou heroína.

Porém, ao dizer tudo isso, resta a pergunta: “O que é Personal Branding, então?”.

Em resumo, é gerir sua marca pessoal para que, através de clareza, coerência e constância você consiga gerar valor para seu público alvo e consequentemente este valor retorna para você.

E claro, para fazer isso, muitas vezes é necessário recorrer a outras áreas. E outras áreas que sem dúvidas são essenciais.

No entanto, considerar que o Personal Branding é apenas “uma dessas áreas” é o que gera o lado negro (e perigoso) explorado neste artigo.

Resumão: O que vimos até agora?

Hoje, no primeiro artigo da série – falei sobre o lado negro da gestão de marca pessoal.

E as seguintes questões:

Personal Branding…

  • Torna as pessoas menos humanas?
  • É só uma maquiagem para disfarçar os problemas do indivíduo?
  • É só para inflar o ego, gerar likes e sentir que é admirado?
  • Não adianta se você não é capaz de gerar resultados?
  • É inútil porque ninguém se importa com você?
  • Só serve para arrumar emprego (e às vezes nem isso)
  • Só funciona para gente rica
  • Se trata de você, você e você
  • É uma ideia nociva que altera a realidade para te fazer parecer ser mais interessante?

Qual o próximo passo?

Agora que você sabe o lado negro do Personal Branding e percebeu como ele é gerado (e como pode ser evitado), inicie o seu processo de Gestão de Marca Pessoal através do MétodoYou, nosso programa que já chegou em 15 países.

Nele você consegue clarificar o que entrega ao mercado, identificar seus objetivos e melhorar o alinhamento entre sua identidade, imagem e reputação.

Obrigada por ter lido até o final, conte abaixo o que você achou.
Espero ver você aqui no próximo artigo.

Abraços,

Daniela Viek.

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