Tom Peters, renomado autor e administrador norte-americano, é considerado o responsável pela popularização do termo Personal Branding (Gestão da Marca Pessoal).
No livro Brand You50: Fifty Ways to Transform Yourself from an ‘Employee’ into a Brand That Shouts Distinction, Commitment, and Passion! (A Marca Você 50: Cinquenta maneiras de se transformar de ‘’empregado’’ em uma marca que respira diferença, empenho e paixão, em tradução livre), lançado em 1997, Peters sugeriu que “o sucesso vem da própria embalagem”, e que o Personal Branding nada mais é que “pessoas que comercializam a si mesmas e suas carreiras como marcas”.
Mas o que muita gente não sabe é que o termo Personal Branding não era uma novidade em 1997. Ele surgiu 60 anos antes, em 1937, no livro ‘Quem pensa enriquece’, de Napoleon Hill. Na obra, Hill lista alguns dos passos para a riqueza aprendidos com Dale Carnegie (famoso pelo livro ‘Como fazer amigos e influenciar pessoas’). E, posteriormente, em 1981, Al Ries e Jack Trout(especialistas em posicionamento estratégico de marcas), trataram do assunto no livro ‘Posicionamento – A batalha por sua mente’.
Para você que está chegando agora e não tem a menor ideia do que estamos falando – ou está sentindo a necessidade de “potencializar” a sua marca, mas não sabe como fazer, é importante ter em mente um detalhe importante:
Muitos profissionais contratam alguém para desenvolver a sua marca pessoal, e acabam se surpreendendo com o poder de alcance que esta ferramenta tem. Mas, infelizmente, nem todos têm acesso aos benefícios que uma marca bem trabalhada pode trazer.
E onde está o problema?A resposta é simples: em não saber o que de fato se quer ao pensar/considerar sua marca pessoal.
Muita gente opta por contratar um especialista para ajudar na tarefa de construção da marca pessoal. E é aí que está o primeiro engano, já que a sua marca pessoal não será “criada”, e sim “desenterrada”.
“Marca pessoal é sobre desenterrar tudo o que é verdadeiro e único sobre você e deixar todo mundo saber.” Dan Schawbel
O marketing pessoal por sua vez, se trata de uma ação intencional de evidenciação/propagação de seus diferenciais, skills (habilidades/competências) etc e saber qual melhor ferramenta, estratégia, canal e momento é imprescindível para alcance dos objetivos ou pode-se colocar tudo a perder.
O melhor Marketing Pessoal é aquele que não é feito de palavras, mas de resultados, venda ações e não apenas promessas. Carla Gonzaga Rabetti
A sua marca pessoal já está pronta e precisa, apenas, ser estimulada para que você tire o máximo de proveito dela, aí que entra o autoconhecimento. Também é importante destacar que, da mesma forma que existem profissionais dispostos a fazer um bom trabalho, também há muita “falácia” neste campo, pois abordam o tema de forma superficial.
E, dependendo de quem se contrata, muitos equívocos podem ser cometidos, exemplo, uma estratégia construída considerando apenas ambiente externo, ou ainda, com base em informações sem busca de evidências, entre outros, uma construção sem que se ateste a possibilidade de sustentação em médio/longo prazo a imagem que está sendo desenvolvida e o propósito da mesma.
Qualquer um pode ter acesso ao Personal Branding
Uma coisa é certa: todos nascemos com a nossa marca pessoal – é como uma impressão digital. Mas há quem pense o contrário – esse talvez seja, segundo o especialista espanhol Andrés Pérez Ortega, o maior erro de quem critica o Personal Branding.
O segredo para quem quer “fazer e acontecer” e colocar sua marca no topo é se autoanalisar, este seria o primeiro passo. Assim, você poderá descobrir e realçar suas qualidades e, consequentemente, destacar-se em meio à concorrência.
Em muitos casos, o indivíduo tem certa dificuldade em fazer este processo sozinho, é onde um Estrategista/Especialista em Personal Branding.
Ele entra neste cenário como um facilitador para a jornada interior de levantamento e descobrimento de assuntos importantes como: Missão, Visão, Crenças, Competências (Atuantes/Faltantes), Objetivos etc. para a construção eficaz de um planejamento de marca pessoal.
Apesar do nome pomposo, é preciso olhar o personal branding com outros olhos, e entender que ele é acessível a todos e aplicável em quaisquer situações. Qualquer pessoa, independentemente de sua condição social ou posição dentro de uma organização, pode desenvolver/potencializar a sua marca pessoal, pois a mesma pode te proporcionar um grande fortalecimento na carreira.
Seja você mesmo – é muito mais fácil
O Personal Branding, segundo Ortega, “é um método que lhe permite desenvolver e posicionar-se como você, com foco em aumentar suas chances de alcançar seus objetivos”. Mas, para muita gente que não conhece o genuíno processo de estruturação de uma marca pessoal, pode soar de forma artificial, por acreditar que o trabalho de personal branding cria uma imagem fictícia.
Abro aqui uns parênteses, (caso você invista apenas no Marketing Pessoal sem ser precedido de uma marca pessoal consistente, este será seu “tiro no pé” e então sim, pode criar uma imagem (oferta) que não é coerente com a entrega (resultados) e não ser sustentável em longo prazo ou pior, não respeitar seus valores e suas verdadeiras habilidades e competências).
Uma Marca Pessoal nem sempre precisa de um Marketing Pessoal, mas o Marketing Pessoal sempre precisará de uma Marca Pessoal forte, entendeu? O que quero dizer com isso é que é preferível você fazer uma oferta mediana com uma ‘super-entrega’ do que fazer uma ‘super-oferta’ e uma entrega mediana. Marca pessoal é resultado, é cumprimento de promessa! (Daniela Viek)
E de acordo com Ortega, de fato, existem profissionais que usam recursos de manipulação, mas o resultado pode ser desastroso: ao invés de uma carreira, a pessoa será nada mais que um ator interpretando um papel em um filme de ficção.
Partindo do princípio de que você precisará se conhecer antes de pensar a sua marca, fica claro que será mais fácil ser você mesmo, sempre – assim, você deixará uma impressão clara sobre a sua pessoa e a sua personalidade, e a sua marcar será, por consequência, fortalecida.
Claro, ser autêntico tem seu preço, assim como, marcas corporativas possuem seus haters (quem as odeie) e seus lovers (quem as admire), nós como marcas pessoais também os possuímos e temos que aprender a conviver com ambos.
É importante destacar que a sua marca pessoal só poderá ser sustentada se você tiver crenças, valores e qualidades bem definidas. Até porque o objetivo do personal branding não é “coisificar” alguém.
Ao contrário: é destacar aquilo que você tem de melhor. Imagem e visibilidade online são apenas a cereja no bolo – o que vale, de fato, é o que você acredita e tem dentro de si, quais resultado traz consigo em sua jornada, como você é conhecido e reconhecido em sua rede, o que falam de você quando você não está presente? e que externaliza nos ambientes ao qual convive, em sua empresa, em sua rede de contatos, em suas amizades.
Esta – lembre-se sempre – é a sua marca.
Um abraço e até a Próxima!
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